A jovem Cristal passeava pelos campos da cidade, quando um cavaleiro a avista de longe e se aproxima.
Alexandre: Está perdida, senhorita?
Cristal: Creio que isso não seja de seu interesse.
Alexandre: Não é necessário ser grosseira, já estou indo embora.
Cristal: Espere. Perdoe-me, fique aqui e me faça companhia.
Os dois caminharam conversando até que Alexandre roubou um beijo de Cristal.
Alexandre: Desculpe-me, senhorita. Não deveria ter feito isso.
Cristal: Não precisa se desculpar, eu gostei. Continue.
Os dois ficaram horas se beijando e se amando, até que Alexandre interrompeu.
Alexandre: Tenho de ir embora, amanhã lhe encontro neste mesmo lugar. Hoje mesmo irei comunicar meus pais sobre nosso casamento.
Cristal: Mas não está muito cedo para pensarmos nisso?
Alexandre: Se nos amamos de fato, devemos nos casar o mais rápido possível.
No dia seguinte, os dois conversaram novamente, estavam com um problema.
Cristal: Minha mãe não quer que eu o encontre mais.
Alexandre: Se o nosso amor é mais forte que tudo, devemos fugir dessa cidade, de tudo e de todos.
Cristal: Isso é arriscado, mas como lhe amo muito, terei de aceitar.
Depois de trocarem declarações e juras de amor, os dois se amaram no rio.
Na estação ferroviária, Alexandre esperou horas por seu amor, que não apareceu. Triste, ele foi embora para casa decepcionado.
Cristal: Por que está me impedindo de viver esse amor, mamãe?
Angelina: Este relacionamento jamais daria certo. Amanhã mesmo você irá viver com sua tia em São Paulo.
No dia seguinte, Cristal embarcou rumo a São Paulo, onde conheceu Henry, que assumiu sua filha com Alexandre e a criou como se fosse sua. Alexandre se casou com Rosana e teve uma filha chamada Shirley, porém nunca esqueceu Cristal. Ele assumiu a presidência da fábrica de chocolates Bom Bom.
Ano de 1925, São Paulo.
Cristal escreve uma carta para sua avó contando que seus pais morreram em um acidente de carro e pede para ir morar em Ventura. Um mês depois ela recebe a resposta, onde sua avó permite sua volta para a cidade.
Na estação ferroviária, Sofia, Douglas e Suzana esperam a chegada de Cristal.
Suzana: Como será que é minha prima?
Sofia: Não sei, a última vez que a vi ela ainda era muito jovem.
O trem começa a despontar do alto da montanha e chega até a estação.
Cristal: Aonde será que eles estão?
Sofia: Será que aquela moça é minha neta?
Suzana: Que menina feia.
Sofia: Se algum de vocês a destratar irão se ver comigo.
Douglas: Prometo que não irei destratar a moça. Suzana também.
Sofia: É você, Cristal?
Cristal: Eu mesma, vovó.
Elas se abraçam emocionadamente e vão para a casa de Sofia.
Sofia: Não repare, nossa casa é simples.
Cristal: Não tem problema, também éramos pobres em São Paulo.
Sofia: Eu prometo que irei cuidar de você. Agora descanse, a viagem foi longa.
Continua...
Baseada na obra de Walcyr Carrasco
Escrita por Sandra
Adaptada por Ciro Leite
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