Cidade da Escuridão - Capítulo 07

18:00


Capítulo 7 - Parte 1: O Lar onde reside a Culpa


O carro de Thomas parou em frente à uma simples casa em uma rua qualquer da cidade. À essa altura, a madrugada já se aproximava.

Thomas: Chegamos...
Saki: Mas que lugar é esse afinal?
Thomas: Só vamos saber quando entrarmos...

Os dois desceram do carro. Thomas abriu o portão sem nenhum problema.

Thomas: Aberto...
Saki: Pelo menos você não vai ter que quebrar a porta dessa vez.

Os dois entraram. Assim como em todo lugar da cidade, a casa estava toda no escuro. Thomas ligou sua lanterna. O que apareceu em sua frente foi uma sala.

Thomas: Tá... O que faremos aqui?
Saki: O de sempre... Investigar.

A dupla resolveu começar investigando a sala. Mas não encontraram nada de anormal. Em seguida, caminharam até um corredor, onde havia uma porta no final.

Saki: O que é aquilo? Será que é o quarto de alguém?
Thomas: Talvez possamos descobrir de quem é se checarmos. Vamos.

Thomas se aproximou da porta e a abriu... Mas para a surpresa de ambos, aquilo não era um quarto. Se parecia mais com um laboratório. Havia uma estante cheia de tubos de ensaio, uma mesa com vários livros, e até mesmo uma pia.

Saki: Ei, isso não é um quarto... Isso parece...
Thomas: Um laboratório... Saki, eu acho que essa casa é do...

Antes que Thomas pudesse terminar sua frase, a porta atrás deles se fechou com violência.

Thomas: Ah não, outra vez?!

Thomas tentou abrir a porta, mas infelizmente os dois estavam novamente trancados.

Saki: Eu já me acostumei com isso...
Thomas: Droga... Bem, vamos ver o que encontramos aqui então...




Capítulo 7 - Parte 2: O Diário de um Louco




Thomas: Eu vou checar a mesa, você dá uma olhada naquela estante, pode ser?
Saki: Tudo bem...

Saki caminhou até a estante com sua lanterna. Thomas foi checar a mesa.

Thomas: Esses livros todos são sobre biologia... Definitivamente essa é a casa do Doutor Ezequiel... Acho que a resposta para todas as nossas perguntas está...

Naquele instante, Thomas ouviu o barulho de vidro se quebrando. Ele se virou rapidamente e apontou sua lanterna para Saki, que estava olhando para vários tubos de ensaio caídos no chão.

Saki: Opa...
Thomas: Saki, por favor... Tome mais cuidado...
Saki: Desculpe... Eu vou tentar...

Em meio à uns livros havia um caderno com capa vermelha que chamou a atenção de Thomas.

Thomas: Saki, venha ver!

Saki foi até Thomas.

Saki: O que houve?
Thomas: Esse caderno... É um diário! E é do Doutor Ezequiel!

Saki se aproximou tanto de Thomas para ler, que espremeu seu corpo com o dele, deixando-o meio envergonhado.

Thomas: Err... Eu... Vou ler em voz alta, Ok?

Thomas abriu a primeira página.



"5 de Janeiro de 2014

Eu tenho quase certeza que isso vai funcionar... Estudei todos os livros sobre biologia que pude alcançar, e acho que encontrei algo revolucionário!

Se meus estudos estiverem corretos, eu serei capaz de criar um vírus capaz de dizimar a maioria das doenças simples que o corpo humano pode contrair em questão de minutos! Isso levaria minha carreira às nuvens!



11 de Janeiro de 2014

O meu discurso ontem gerou polêmica na cidade... Talvez eu devia ter ficado com a boca fechada até ter certeza do que fazer?"



Saki: Tudo isso faz sentido... Tudo se encaixa!
Thomas: Ainda tem mais...



"15 de Janeiro de 2014

Eu consegui! Criei o vírus! Mas ainda não sei se ele atende às expectativas... E com certeza não vão me deixar testá-lo em algum ser humano em uma faixa de anos...

Eu tenho que testá-lo, mas como?!"



18 de Janeiro de 2014

Eu contei meu feito para meus colegas de trabalho... Como eu suspeitava, eles não vão me ajudar por acharem que eu fiz alguma loucura...

A campanha de vacinação da cidade vai passar pelo meu laboratório... Meu Deus, eu devo fazer isso...?"



Thomas: Não... Doutor Ezequiel, não me diga que você...?
Saki: Eu... Acho que já sei o que está por vir...



"20 de Janeiro de 2014

Que Deus me perdoe! Mas eu tinha que tentar!

Inseri o vírus na vacina da gripe sem ninguém perceber... Agora eu apenas terei que contar com toda a sorte possível para que os efeitos saiam como planejado...



25 de Janeiro de 2014

É o fim...

O vírus está atacando o cérebro das pessoas, tornando-as agressivas... Os crimes estão aumentando numa velocidade inacreditável, e eu sei que a verdade vai chegar à tona.

Não estou pronto para isso... Não estou pronto para encarar as consequências.

Só tem uma coisa que posso fazer..."



No momento em que Thomas terminou de ler...

Thomas: O... O quê?!

Thomas virou a lanterna para o canto da sala. Por alguns segundos, ele e Saki enxergaram o corpo de um homem sentado perto da parede. Havia um buraco em sua testa.

Aquela imagem desapareceu lentamente, até não sobrar nada.

Thomas: Vo... Você viu aquilo?!
Saki: Sim... Ele se foi, não é...?

Thomas baixou a cabeça.

Thomas: Ele não estava pronto para responder por seu ato... E a população jamais o perdoaria...

Naquele momento, a porta do laboratório se abriu sozinha.



Capítulo 7 - Parte 3: Ainda não Acabou!


Thomas e Saki saíram da casa do Doutor Ezequiel. Agora, eles já sabiam o que tinha acontecido na cidade.

Thomas: Um cientista que tentou revolucionar a medicina... Mas acabou destruindo uma cidade inteira...
Saki: Eu não sei o que pensar...

De repente, Thomas notou algo dentro do seu carro.

Thomas: Ei... Alguém jogou um papel no banco do meu carro!

Thomas abriu a porta e pegou o papel.

Saki: O que diz aí?!



"Estou esperando por vocês na praça do Centro da cidade"



Thomas: O quê...?! Tem mais alguém nessa cidade, e está esperando por... Nós?!
Saki: Mas... Quem pode ser?!

Thomas guardou o papel no bolso de sua calça.

Thomas: Seja lá quem for... Não vamos deixar esperando! Entre!

Os dois entraram no carro. Thomas dirigiu rapidamente até a praça.




Capítulo 7 - Parte 4: Encontro Inexperado


Thomas parou o carro em frente à praça, quando uma leve chuva começava a cair. Rapidamente, os dois desceram.

Thomas: Ok, chegou a hora...
Saki: Eu não estou  me sentindo muito bem quanto à isso, mas...

Os dois entraram na praça. Após percorrerem as calçadas em meio às árvores, notaram que havia alguém parado de costas para eles.

Saki: Não... Eu não acredito...

Saki cobriu a boca em surpresa. A pessoa em frente à eles se virou, revelando ser uma mulher usando um vestido branco, com longos cabelos loiros.

Saki: Sacerdotisa!!
Thomas: É ela?!

Saki correu de encontro à sacerdotisa. Thomas ficou parado no mesmo lugar, observando a cena.

Saki: Serena... É você... Eu fiquei tão preocupada...

Serena não demonstrou reação.

Serena: Saki... Você finalmente me encontrou...

Serena olhou para Thomas, que ainda observava a situação.

Serena: Quem é aquele homem?
Saki: Tudo bem, ele é um amigo... Na verdade, ele me ajudou muito até agora... Por favor, Serena, nós temos que ajudá-lo também!

Serena baixou a cabeça.

Serena: Saki... Sabe qual é o nosso problema? Nós confiamos demais nas pessoas sem saber suas verdadeiras intenções...
Thomas: Ei, o que quer dizer com isso?!

Serena abriu sua mão direita em direção à Thomas. Uma esfera de fogo se formou em sua mão e foi disparada em direção à ele.

Thomas: O... O quê?!

Thomas se jogou no chão. A bola de fogo passou por ele e atingiu um carro que estava parado no meio da rua, causando uma explosão.

Thomas se virou para ver o resultado do acidente. Felizmente não houveram explosões em cadeia. Saki olhou assustada para Serena.

Saki: Serena!! O que você está fazendo?!

Serena continuava sem mostrar emoções. Irritado, Thomas se aproximou das duas.

Thomas: Ei... Serena, é esse seu nome não?... Pode me explicar o que está havendo aqui?!

Serena olhou para Thomas.

Serena: Você ainda não percebeu...?
Thomas: Claro que não! Por que você me atacou?!

Serena olhou para Saki.

Serena: Saki, é inútil... Vamos apenas matar esse homem e voltar para nosso reino. Eu tenho umas mudanças para fazer...

Saki arregalou os olhos assustada.

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