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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Razões Para Viver - Capítulo 2



Danny e Lord ficam assustados com Guilherme.

Guilherme: Esse tempo todo vocês dois já...

Lord: Não, Guilherme. Eu me apaixonei pela Danny e resolvi me declarar hoje.

Guilherme: Mentira! Danny, eu sempre soube que você gostava do Lord e você sempre disse que não.

Danny: Mas eu não sabia. Aconteceu de repente.

Guilherme: Sonsa!

Lord: Para com isso, Guilherme.

Guilherme: Vai defender a namoradinha?

Lord dá um soco em Guilherme e ele devolve

Danny: Parem por favor!

Viviane chega.

Viviane: O que tá acontecendo?

Guilherme: O que tá acontecendo é que esses dois tão juntos.

Viviane: O que?

Lord: Vivi, eu e Danny estamos apaixonados.

Viviane: Eu não tô acreditando. Então você gosta da Danny?

Danny: Eu vou pra casa. Eu não aguento mais.

Lord: Você não vai sozinha. Eu vou te levar até em casa.

No caminho eles conversam sobre a briga.

Danny: Eu não entendo essa reação do Gui e da Viviane.

Lord: Eu também não. Eu já discuti tantas vezes com ele mas sair no soco...

Viviane chega chorando em casa.

Verônica: Filha, o que aconteceu?

Viviane: Nada, mãe.

Verônica: Ninguém chega em casa chorando em casa sem motivo nenhum. Vamos, me conte agora!

Viviane: Mãe, é sério, não foi nada.

Verônica: Oh, filha... Você sabe que somos melhores amigas e que você sempre me conta tudo. O que aconteceu dessa vez?

Viviane: O Lord, mãe...

Viviane chorava cada vez mais.

Verônica: O que o Lord fez dessa vez?

Viviane: Ele não me ama, mãe. Ele está apaixonado por outra.

Verônica: Quem é essa outra?

Viviane: A Danny. O que eu fiz de errado? Por que ele não me ama? Eu devo ter feito muito coisa errada na outra vida e agora estou pagando os meus pecados.

Verônica: A Danny é sua melhor amiga, mas ela gosta dele?

Viviane: Sim.

Verônica: Ela não passa de uma traidora, mentirosa. Eu vou acabar com aquela garota!

Por mais que Verônica não queria que Viviane se envolvesse com Lord, não suportava ver a filha sofrer e faria de tudo para que ela fosse feliz.

Izabela está tão feliz hoje. Pois iria comemorar o seu trigésimo aniversário ao lado de Henry.

Cleide: Nossa, dona Izabela, a senhora está tão feliz hoje.

Izabela: E toda essa felicidade tem motivo. Sabe que dia é hoje?

Cleide: Hoje é sexta-feira dia, 22 de julho.

Izabela: Tá, Cleide. Mas hoje é o dia do meu trigésimo aniversário de casamento.

Cleide: Nossa, que beleza! Parabéns, dona Izabela. Quanto tempo, hein...

Izabela: É verdade, é muito tempo, mas foram os trinta anos mais felizes da minha vida. Estou do lado do marido que eu amo e tenho o melhor filho do mundo.

Cleide: E a senhora pretende fazer uma surpresa para ele hoje?

Izabela: Nós vamos jantar no restaurante mais caro do Rio.

Cleide: Dona Izabela, isso a senhora faz todos os anos. Não seria melhor sair um pouco da rotina, não?

Izabela: "Sair um pouco da rotina?". Como assim Cleide?

Cleide: Ah, sei lá. Fazer uma surpresa pra ele, algo que ele jamais esperaria.

Izabela: Quer saber? Você está certa, vou visitá-lo no escritório hoje. Muito obrigado Cleide.

Izabela se arruma e pega o presente. Ao chegar lá, vê que a secretária não está e decide entrar direto no escritório do marido, onde Henry estava com sua amante Eva.

Henry: Eva, sabia que você está cada dia mais bela?

Eva: Deixa de ser bobo, Henry.

Henry: Ora, vamos, me dê um beijo para começar o dia bem.

Eva: Henry, agora não e aqui não.

Henry: Ora, vamos! Eu prometo que vai ser rápido.

Eva: Tá bom, mas só um.

Enquanto Henry e Eva se beijavam Izabela abriu a porta e pegou os dois em flagrante. Henry nunca esteve tão assustado em toda a sua vida.

Henry: Izabela, não é nada disso que você está pensando.

Izabela: Eu não estou pensando nada, eu estou vendo. Então é isso? Você me trai com uma mulher que tem idade para ser sua filha?

Henry: Izabela, deixa eu explicar... Ouve um engano.

Izabela: Não quero ouvir nenhuma explicação, vou fazer as minhas malas agora!

Izabela sai correndo e Henry vai atrás dela até o caminho de casa. Chegando lá eles tem uma forte discussão.

Henry: Izabela, me perdoe.

Izabela: Nunca!

Henry: Vai dizer que você nunca me traiu?

Izabela: O que? Como pode ser tão sínico? Eu te amei mais do que tudo nessa vida. Eu nunca olhei para outro homem se não fosse você.

Henry: E o Paulo?

Izabela: O que tem o Paulo?

Henry: Vai me dizer que você nunca teve nada com ele?

Izabela: O Paulo é meu melhor amigo, e eu nunca te traí com ele e nem com ninguém, seu mau caráter!

Henry: Desfaça essa mala agora.

Izabela: Não!

Henry pega as malas de Izabela e joga no chão.

Henry: Daqui você não sai.

Izabela: É isso, né? Você está com medo que eu vá embora daqui e peça o divórcio, não é? Porque você não tem nada! Você nasceu pobre e eu sempre fui rica. Nasci em berço de ouro. Ou será que você se casou comigo por dinheiro? Seu interesseiro! Se nos separarmos a casa fica pra mim, pois tudo está no meu nome, e você vai morar debaixo da ponte!

Henry: Cale a boca, sua desequilibrada! Quem dá ordens nessa casa aqui sou eu!

Izabela: Ah é? Você vai fazer o que comigo? Vai me matar?

Henry: Vou!!!

Henry empurra Izabela contra a parede e a enforca até a morte.

Ao chegar em casa, Lord se choca e começa a chorar ao ver sua mãe Izabela desacordada no chão.

Lord: Mãe, acorda!

Henry chega na sala.

Lord: O que você fez pra ela?

Henry: Sua mãe estava muito cansada, se desequilibrou, caiu e bateu a cabeça. Não pude fazer nada por ela.

Lord: Mentira! Você matou ela.

Henry: Fique quieto e aceite que sua mãe morreu. Pare de chorar como um marica. Vá para seu quarto agora que irei chamar alguém para tirá-la daqui.

Lord: Saia daqui você! Eu ficarei do lado dela até o último momento.

Henry puxa Lord e lhe dá um tapa na cara.

Henry: Cale-se e obedeça seu pai.

Enquanto isso, Gabriel tenta não magoar Bruno.

Gabriel: Eu não quero perder sua amizade, Bruno.

Bruno: Sinto muito mas você perdeu!

Gabriel: Não fala assim...

Bruno: Eu vou estudar em São Paulo, consegui uma vaga numa universidade e agora não tem mais nada que me prenda aqui.

Gabriel: Eu não queria que fosse assim.

Bruno: Eu sei. Eu não tô mais com raiva, vou seguir minha vida.

Gabriel: Eu vou sentir sua falta!

Bruno: Eu também.

Henry comunica ao filho friamente sobre seu futuro casamento com Ana Letícia sem se importar com a dor do garoto por ter perdido a mãe.

Henry: Acho bom você parar de chorar, isso é coisa de menininha. Você é um homem e daqui alguns anos irá se casar.

Lord: O que?

Henry: Isso mesmo. Já falei com Genaro e combinamos que você irá se casar com Ana Letícia.

Lord: Você ficou louco? Eu acabei de perder minha mãe e você vem falar de casamento?

Henry: Esqueça a sua mãe, Lord. Vai ser melhor pra você, e trate de se acostumar com o seu casamento.

Lord: Eu vou me casar.

Henry: Vai sim! Você não tem querer.

Eva trabalha secretamente num bordel quando não está no escritório de Henry junto com sua amiga Vanessa, que é mãe de Guilherme e Felipe.

Eva: Como foi o movimento aqui?

Vanessa: Foi mais ou menos. Vou ter que chegar em casa mais cedo porque deixei o Felipinho dormindo.

Eva: Você devia colocar aquele seu pirralho mais velho pra cuidar dele.

Vanessa: Até parece que ele aceita. Aquele moleque só quer vida boa, se divertir com os amiguinhos dele.

Eva: Sinto muito mas eu não vou ser como você. Não vou aguentar essa vida por muito tempo. Pode escrever! Eu ainda vou ser muito rica em breve.

Vanessa: É aquele milionário lá?

Eva: Exatamente! Aquele idiota tá no papo. Logo logo eu vou me livrar dele. Eu já tenho tudo planejado.

No orfanato, Danny pensa em Lord.

Danny: Será que a gente vai conseguir ser feliz?

Ela é interrompida por uma voz avisando que alguém veio falar com ela.

Henry: Olá mocinha!

Danny: Oi!

Henry: Já sabe da novidade?

Danny: Qual?

Henry: Meu filho irá se casar com Ana Letícia.

Danny: O Lord?

Henry: Sim.

Danny: Como assim? Ana Letícia não é um bebê?

Henry: Exatamente! Mais ela vai crescer um dia e se casar com o Lord. Já está tudo combinado.

Danny: Combinado? O Lord já sabe?

Henry: É claro que sim. A única que não sabia era você mas agora já sabe. Acho bom você se afastar dele porque não quero uma garotinha órfã se metendo no futuro casamento do meu filho. Entendeu?

Danny não consegue responder. Ela fica sem palavras.

Henry: Espero que tenha entendido, adeus!

Mais tarde Danny vai se encontrar com Lord sem conseguir acreditar no que Henry falou.

Lord: Eu acabei de perder minha mãe. Tenho quase certeza de que foi meu pai que a matou.

Danny: O que? Sua mãe morreu? Se o seu pai foi capaz de matar a própria esposa ele é um monstro! Hoje ele foi até o orfanato e disse que você irá se casar com a Ana Letícia.

Lord: Ele me falou hoje.

Danny: Então é verdade?

Lord: Não, eu não vou me casar.

Danny: Claro que vai, se o seu pai disse.

Lord: Danny, eu te amo!

Danny: Nosso amor nunca vai dar certo, você é rico e eu sou só uma órfã perdida no mundo.

Lord: Não diga isso, meu amor.

Danny: Eu fui muito boba de acreditar que nós dois poderíamos ser felizes. Isso nunca vai ser possível.

Lord: Danny, espera.

Danny: Adeus!

Danny vai embora chorando e Lord começa a andar pelas ruas sem destino. Ele resolve ir até o rio onde os dois costumavam brincar e pensa em Danny enquanto olha seu rosto refletindo na água do rio.

16 anos depois cada um seguiu seu caminho mas o amor de Danny e Lord sobreviveu mesmo durante todos esses anos afastados.

Continua...
Escrito por Ciro Leite, Joyce Souza e Mayara Bastos.

"Ai de quem ama

Quanta tristeza
Há nesta vida
Só incerteza
Só despedida

Amar é triste
O que é que existe?
O amor

Ama, canta
Sofre tanta
Tanta saudade
Do seu carinho
Quanta saudade

Amar sozinho
Ai de quem ama
Vive dizendo
Adeus, adeus" - Vinicius de Moraes 

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